Trânsito de Surubim: quem deveria ajudar, às vezes atrapalha
04/02/2017A redação do Correio do Agreste recebeu pelo aplicativo WhatsApp, fotografias e o relato de um leitor sobre uma possível irregularidade de trânsito cometida por quem, em tese, deveria estar evitando que elas acontecessem e ajudando o fluxo de veículos a seguir melhor: os agentes de trânsito da Prefeitura de Surubim. As fotos tiradas em duas ocasiões, no dia 31 de janeiro e no dia 02 de fevereiro, mostram situações que parecem se repetir corriqueiramente: a viatura da Secretaria de Defesa Social parada em local de estacionamento proibido, na Praça Dídimo Carneiro. O lugar é conhecido como um dos piores “gargalos” no trânsito da cidade, com o registro constante de engarrafamentos.
“Eles [os agentes de trânsito] quando estacionam aí, ficam atrapalhando o trânsito ao invés de estar ajudando. Eu acho uma provocação, um desaforo, um abuso de autoridade”, reclamou o leitor, que prefere não ter a identidade revelada. Fomos procurar no Código de Trânsito Brasileiro (CTB) alguma explicação para o fato e encontramos no art. 29, inciso VII, a seguinte regra para esses veículos:
“Art. 29 – O trânsito de veículos nas vias terrestres abertas à circulação obedecerá às seguintes normas:
(…)
VII – os veículos destinados a socorro de incêndio e salvamento, os de polícia, os de fiscalização e operação de trânsito e as ambulâncias, além de prioridade de trânsito, gozam de livre circulação, estacionamento e parada, quando em serviço de urgência e devidamente identificados por dispositivos regulamentares de alarme sonoro e iluminação vermelha intermitente (…) “
Portanto, a viatura poderia estar estacionada em local proibido, porém só se estivesse “em serviço de urgência” e com o alarme e o intermitente ligados. Pelo que se vê nas fotografias, mesmo que fosse um atendimento de urgência a sinalização da viatura não estava ativada. Isso ocorre nas duas ocasiões e em datas diferentes. Daí, o leitor está certo quando reclama indignado, sobretudo porque a rua é estreita e do lado oposto, carros estacionam livremente, deixando ainda menor o espaço para circulação de veículos. Será que serviços de urgência acontecem constantemente no local para justificar a parada habitual dos agentes de trânsito? E ainda assim, estariam errados com a sinalização da viatura desligada.
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