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Quinta-Feira, 2 de Maio de 2024 09:34

Caminhoneiros de Surubim aderem à greve nacional e bloqueiam rodovias

23/05/2018

Manifestantes incendiaram pneus na Rodovia PE-90, em frente ao Clube AABB, na entrada de Surubim (Foto: Alan Lucena)

A exemplo do que acontece em todo o país, protestos de caminhoneiros contra o aumento sucessivo de combustíveis ocorreram também em Surubim, nesta quarta-feira (23). Por volta das 11h, cerca de 100 manifestantes colocaram fogo em pneus na Rodovia PE-90, em frente ao Clube AABB, na entrada da cidade. Logo no começo da manifestação, o Corpo de Bombeiros chegou ao local e apagou o fogo. Uma equipe do Grupo de Apoio Tático Itinerante (Gati), da Policia Militar, acompanhou a mobilização e propôs aos caminhoneiros que seguissem com o protesto mas sem provocar incêndio. A proposta foi aceita pelos manifestantes. Apesar de bloquear os dois lados da pista, apenas caminhões tinham a passagem proibida, os outros veículos podiam trafegar por uma das laterais da rodovia.

“Nossa paralisação não é para prejudicar ninguém, estamos parando só os caminhões porque nós temos que ter união. O Brasil, Pernambuco estão paralisados por um objetivo só. É o problema do frete, do óleo diesel aumentando toda semana. Buscamos melhorias para todos”, afirmou o caminhoneiro Manoel Rildo.

Cerca de 45 minutos após iniciarem a manifestação, os caminhoneiros resolveram mudar o local do protesto e bloquearam outro trecho da PE-90, desta vez no entroncamento com a PE-106, que dá acesso à cidade de Vertente do Lério, fechando o trânsito nestas duas rodovias (veja o vídeo no final do texto). A partir das 15h, os manifestantes decidiram impedir totalmente o tráfego na área, permitindo o acesso apenas para ambulâncias. O fluxo de veículos só voltou ao normal no começo da noite.

O Corpo de Bombeiros chegou poucos minutos após o início do protesto e apagou as chamas (Foto: Alan Lucena)

Além dos protestos, a quarta-feira foi marcada por filas nos poucos postos de combustíveis de Surubim, que ainda tinham estoque de gasolina, etanol e diesel. Os proprietários destes estabelecimentos, aproveitando a oferta racionada do produto, resolveram reajustar os preços. A gasolina chegou a ser vendida a R$ 4,99, um aumento superior a 16% já que antes da greve dos caminhoneiros o litro custava R$ 4,29. A prática é considerada abusiva pelos órgãos de defesa do consumidor e pode ser punida com multa, além da interdição do estabelecimento.

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