Área de autoatendimento do Bradesco ficou completamente destruída após explosões (Foto: Reprodução/TV Globo)

A explosão dos caixas eletrônicos do posto de atendimento do Bradesco, em Bom Jardim, ocorrida na madrugada de terça-feira (11), piora e muito o já precário atendimento bancário na cidade. O município conta apenas com duas instituições financeiras, o Banco do Brasil (BB), que já tinha sido alvo do mesmo tipo de ocorrência em agosto do ano passado, e o Bradesco que foi atingido agora. Depois da explosão dos caixas eletrônicos da agência do BB, o atendimento no local foi reativado, mas parcialmente. 

“Final de mês quando tem pagamento de aposentados, pensionistas e servidores, fica um ‘caos’. As filas são gigantescas e muitos usuários, inclusive da zona rural, voltam pra casa sem atendimento”, relata o agente penitenciário Maciel Santos. Com a ação criminosa no Bradesco, apenas a agência do BB ficará em funcionamento para atender à população de Bom Jardim e de outras três cidades (Orobó, João Alfredo e Umbuzeiro/PB) que estão sem atendimento bancário porque também tiveram caixas eletrônicos explodidos por assaltantes em outras ocasiões.

 Bandidos utilizaram moradores como reféns

A ação dos bandidos em Bom Jardim aconteceu por volta da 1h30. Segundo a PM, pelo menos dez homens participaram da investida. Eles chegaram ao banco em duas caminhonetes. Depois de usar explosivos para abrir os terminais de autoatendimento, os ladrões capturaram pessoas que estavam em um bar e outras que esperavam uma van que as levaria para consultas médicas no Recife. Após explodirem o caixa eletrônico, os criminosos fugiram, com os reféns, na direção da Paraíba.

“Eles utilizaram uma Hillux branca na fuga. Colocaram os reféns dentro e seguiram assim por alguns quilômetros. Na altura da Vila Cohab, entre Bom Jardim e Orobó, eles liberaram as vítimas, mandando que seguissem de cabeça baixa”, disse o blogueiro Enio Andrade, a partir do relato de um amigo, que teria sido uma das vítimas.

Os assaltantes efetuaram disparos de espingarda calibre 12 na chegada e na fuga. Um grupo de bandidos ficou na frente da companhia da PM para evitar que as equipes saíssem para perseguir a quadrilha. O bando colocou grampos nas ruas da área para dificultar a ação policial.  Não houve confronto com o efetivo. Quando a PM chegou ao local, os bandidos já tinham conseguido escapar. No local, foram encontradas cápsulas de fuzil.

Sob o olhar de curiosos, policial do Bope entra no local para desativar explosivos deixados pelos bandidos (Foto: Reprodução/ TV Globo)

Policiais do esquadrão antibomba do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) foram acionados para desativar explosivos deixados pelos bandidos na agência. O efetivo confirmou que o artefato é usado para explodir pedreiras. O trabalho durou uma hora e meia. Os policiais precisaram usar uma roupa especial e capacete cobrindo toda a cabeça, uma vez que o poder de impacto da bomba é “muito forte”. A tensão tomou conta do ambiente, que foi cercado por curiosos que acompanharam a ação à distância, esperando o desfecho. Depois de desarmado, o material foi recolhido.

(Da Redação com informações do Portal G1/PE e da Folha de Pernambuco)