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A previsão é de bom inverno para todo o Nordeste

02/01/2018

Mollion prevê inverno bom para o Nordeste em 2018 por causa do fenômeno La Niña (Foto: Reprodução/YouTube)

Por Fernando Guerra

Em entrevista concedida no final de novembro passado à emissora TCM10 do Rio Grande do Norte, o meteorologista Luiz Carlos Mollion previu com segurança melhor inverno para todo o Nordeste em 2018. Ele que é professor e pesquisador da Universidade Federal de Alagoas e PHD em meteorologia, explicou que desde quando se iniciou a coleta de dados pluviométricos há mais de cem anos, tem-se observado uma relação entre o aquecimento e o resfriamento das águas do Oceano Pacífico e o regime de chuvas no Nordeste afora outras alterações de clima em todo o universo.

O fenômeno que se manifesta com o aquecimento das águas do Pacifico é conhecido como El Niño e o inverso La Niña. Diz ele, que ninguém sabe exatamente porque acontece esse aquecimento e esse resfriamento. Cerca de 70 boias distribuídas pelo Pacífico permitem um acompanhamento da temperatura desse oceano e diagnosticar o fenômeno.

Conforme disse, em 40 milhões de km² do Oceano Pacífico, as águas se encontram mais frias que o normal e em algumas regiões chega a 200 m de profundidade. O volume de água fria é bastante grande e nos permite projetar a sua permanência para 2018, salientou.

Continuando, afirmou que “como o La Niña vai persistir, estamos esperando que a região tenha chuvas acima da média, em 2018, quebrando esse ciclo de secas já de 8 anos. A perspectiva é que se tenha a ordem de 15 a 20% acima da média de chuvas o que dará uma amenizada nos mananciais.”

Assegurou que o La Niña deve persistir até março ou abril de 2019 de tal forma que não se terá nenhuma surpresa em 2019. A tendência nos anos seguintes é de um clima regular sem perspectiva de uma seca como esta que acontece a cada 40 anos.

O índice pluviométrico em Surubim esteve em 2017 abaixo da média, registrando 510,7 mm, entretanto a agricultura deu-se bem, pois o volume d’água concentrou-se nos meses de abril, maio, junho e julho.

Diferentemente de outras localidades o município experimentou pouca pluviosidade só nos últimos seis anos porquanto em 2011 foi um ano de ótimo inverno. De 2012 para cá, no entanto, as chuvas sempre estiveram abaixo do volume médio criando sérias dificuldades para agricultores e pecuaristas surubinenses.

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