“Continuo trabalhando, realizando obras”, diz Chaparral diante da possibilidade de perder o mandato no TRE/PE

29/01/2017

Prefeito é acusado de usar a máquina pública para se beneficiar visando a reeleição (Foto: Edinho Soares/Divulgação)

O prefeito de Orobó, Cléber José de Aguiar da Silva, o Chaparral (PSD), sofreu mais um revés na tarde desta segunda-feira (23), no processo que pede a cassação do seu mandato e do vice Severino Luiz Pereira de Abreu, o Biu Abreu (PSD). A Procuradoria Regional Eleitoral de Pernambuco (PRE/PE) emitiu parecer pela não aceitação do recurso apresentado pelo prefeito e o vice ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE/PE), “mantendo a sentença inicial em todos os seus termos”. No dia 21 de novembro do ano passado, a juíza da 96.ª zona eleitoral, Nahiane Ramalho de Mattos, cassou o registro de candidatura da chapa majoritária encabeçada por Chaparral. A magistrada seguiu o parecer do promotor de Justiça Felipe Akel, que pediu a cassação por entender que estava caracterizado o abuso de poder político e econômico.

O gestor também é acusado de práticas de condutas vedadas a agentes públicos em ano eleitoral. A juíza entendeu que Cleber Chaparral usou a máquina pública para se beneficiar visando a reeleição. A ação foi baseada em atos como a distribuição de brindes à população, visita a unidades de ensino para entrega de material escolar e inaugurações com o uso de faixas ou fotos divulgando o nome do político. A Ação de Investigação Judicial Eleitoral foi movida pelo ex-vice-prefeito de Chaparral e candidato derrotado à prefeitura, Eduardo Gabriel Barbosa, mais conhecido por Dui do Bujão (PMDB).

“Continuo trabalhando, realizando obras. Vamos aguardar agora o pronunciamento da relatora”, disse o prefeito, mostrando serenidade ao comentar o parecer da PRE/PE.

O mandato de Chaparral e do vice, está nas mãos dos sete desembargadores que compõe o pleno do TRE/PE. O processo ainda não tem data para ir à julgamento. Se forem condenados, o prefeito e o vice podem recorrer ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), mas tem que se afastar dos cargos. Durante este período, assume a prefeitura até a decisão da corte em Brasília (DF), a presidente da Câmara Municipal, a vereadora Maria do Carmo de Aguiar da Silva (PSD), mais conhecida por Lia, que é a mãe do prefeito. Caso sejam derrotados no TSE, o gestor e o vice perdem o mandato definitivamente e será marcada uma nova eleição.