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Conjuntura Política: Câmara de Vereadores de Surubim zomba das dificuldades do povo

13/12/2016

Por Fernando Guerra

Considerado um verdadeiro desrespeito ao bom senso e uma completa falta de sensibilidade em relação às dificuldades que a população brasileira vive neste momento, o aumento abusivo dos salários dos membros do Poder Executivo e Legislativo vem criando um clima de insatisfação entre os surubinenses. Na última quinta-feira, (08), uma manifestação deu início a uma onda de protestos que deve perdurar até que a Câmara Municipal de Surubim, através de seus membros, volte atrás nas votações que determinaram o aumento de seus próprios subsídios e os do prefeito, vice-prefeito e secretários.

Nas proximidades da eleição os vereadores reuniram-se longe da imprensa e do povo e numa sessão que pode ter sido realizada no conhecido plenarinho, sala anexa ao plenário da Casa Euclides Mota, deram cifras definitivas aos seus ganhos salariais na ordem de 30 % e, da futura prefeita e seu vice, em nada menos que 60 %.

Após a denúncia dessas manobras terem sido descobertas e divulgadas por este jornal, em suas duas frentes de comunicação, impressa e on line, o vereador Luciano Medeiros, conhecido como Bomba, apressou-se em ir às rádios locais para tentar desqualificar este veículo de informação, inclusive acusando seu editor de utilizar-se de boatos para escrever suas principais notícias. Ora, veremos a seguir os fundamentos que geraram a matéria principal do número 264 do Correio do Agreste:

Ana Célia receberá 60% a mais que Túlio

Se compararmos as Leis municipais Nº 293/2012 e Nº 618/2016 iremos verificar que o aumento que os egrégios vereadores concederam ao novo chefe da municipalidade e ao seu vice foi da ordem de 60%.

O prefeito de Surubim, a partir de janeiro de 2013 passou a ganhar a importância de R$ 15 mil e seu vice, R$ 7,5 mil. Já em 2017 os novos subsídios aprovados pela Câmara foram, para a prefeita, R$ 24 mil e seu vice R$ 12 mil.

Nosso ilustre vereador pode chamar qualquer matemático para fazer as contas e chegará à conclusão que o aumento foi realmente de 60 %.

A Câmara de  Vereadores esperou passar a eleição   e  aprovou um verdadeiro pacote de bondades

O jornal chegou à conclusão acima após constatar que o Ofício Nº 049/2016 da Câmara de REJEIÇÃO DO VETO encaminhado ao Executivo datava de 21 de outubro de 2016 e a Promulgação da Lei Municipal Nº 618/2016 que fixa o subsídio do Chefe do Poder Executivo e dos Secretários Municipais para o exercício de 2017/2020 foi assinada pelo Presidente da Casa no dia 27 de outubro de 2016. Portanto são do conhecimento geral, que essas datas são posteriores à eleição, a não ser que tenhamos cometido um engano no tocante à data do pleito.

Os vereadores se contemplaram com um aumento natalino de cerca de 30% enquanto a prefeita e o vice-prefeito foram às alturas com 60% de acréscimo

Quanto aos subsídios direcionados ao Executivo já foi citado acima. Sobre os ganhos dos vereadores, estes podem ser considerados boatos porque foi uma informação colhida no recinto da própria Câmara através de um funcionário conhecido por Zé Batista. Ele foi quem afirmou ao editor do jornal que o aumento dos vereadores tinha sido na ordem de 30 %. No tocante a AUMENTO NATALINO o jornal realmente carregou nas tintas. Deveria ter aguardado. Aí damos a mão à palmatória. Se bem que, diante de tantos problemas, com a perspectiva dos trabalhadores brasileiros, não somente os surubinenses, vivenciarem um Natal magro, chegar ao Natal com a certeza de que os salários engordarão no ano seguinte, merece ser festejado com peru e muito uísque, de preferência escocês.

Prefeito, vice e secretários terão salários de marajás

Tudo é relativo. Diante dos trabalhadores que recebem irrisórios salários mínimos, os nossos personagens da Prefeitura serão considerados Marajás.

O pacote de bondades teve sua votação feita na surdina

Parte da imprensa falada de Surubim, só tomou conhecimento dos aumentos abusivos dos salários dos nossos políticos após a denúncia do Correio do Agreste em seu número que passou a circular a partir do dia primeiro de dezembro. Nem os integrantes da Rádio Surubim sabiam dessas medidas. Essa emissora transmite todas as sessões da Câmara de Vereadores, decorrente disso a dedução é lógica.

Bom, imagina-se que estas informações sejam suficientes para reafirmar a veracidade de tudo que se publicou.

Muito longe, portanto, da afirmação leviana de um homem público que nos microfones de uma Rádio local, disse que este jornal fundamentava suas notícias em boatos.

Diante do esforço do Vereador Bomba para justificar o seu voto e de outros seus colegas, durante sessão invisível da Câmara, para acrescentar 60% aos subsídios da prefeita a editoria deste jornal não encontrou uma resposta plausível.

Tal medida somente teria justificativa caso os vereadores auferissem algum lucro financeiro ou buscassem bajular o novo Chefe da Municipalidade. Essas duas alternativas, diante do perfil dos vereadores envolvidos não têm, em verdade, nenhum cabimento. Trata-se de pessoas idôneas. Daí o mistério.

Quem tiver comentários que elucidem essa dúvida encaminhem ao nosso jornal, nossos leitores precisam saber as razões pelas quais essas leis absurdas e desrespeitosas foram votadas.

 

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