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João Galdino Neto fala sobre participação na Mobilização Nacional de Apoio à Vaquejada

30/10/2016
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Na Integração FM, João Galdino Neto deu detalhes de sua participação na Mobilização Nacional de Apoio à Vaquejada (Foto: Fernando Guerra/ Correio do Agreste)

Em entrevista concedida à Rádio Integração FM, neste sábado (28), o presidente da Confederação de Vaquejadas do Brasil, o surubinense João Galdino Neto, reportou-se à Audiência Pública das Vaquejadas realizada em Brasília na semana anterior.

Desde o dia 06 de outubro, quando o Supremo Tribunal Federal , em decisão apertada (6×5) considerou a vaquejada inconstitucional por promover maus tratos aos animais, os vaqueiros e promotores desses eventos tem se mobilizado em todo o país buscando encontrar soluções para superar esse impasse.

A única saída possível para restabelecer com segurança as realizações das vaquejadas é uma emenda constitucional e nesse sentido já existem duas propostas (PEC), considerando-as como manifestações que devem ser preservadas como Patrimônio Cultural do Nordeste e do país.

Até lá, existe toda uma sequência de ações que iniciaram pela Audiência Pública seguindo-se pela ordem, a aprovação pelo Congresso, depois pelo Senado e, para finalizar o sancionamento da Lei pelo Presidente da República.

Conforme disse João Galdino, conhecido como Janjão, gestor da vaquejada promovida pelo Parque J. Galdino, seguiram de Surubim até a capital federal três caminhões transportando cavalos e cerca de 30 aficcionados do esporte para prestar solidariedade à mobilização nacional que aconteceu em Brasília no dia 25 passado, por ocasião da Audiência Pública.

João referiu-se a reuniões que participou com vários deputados federais, entre eles Danilo Cabral, com o Presidente do Senado, Renan Calheiros além do Governador Paulo Câmara. Falou também da Comissão do Nordeste que será formada para as possíveis mobilizações necessárias e acompanhamento das tramitações que vão desde a elaboração da emenda às votações no Congresso, Senado e posterior sancionamento pelo Presidente da República.

Na verdade são três questões que estão sendo avaliadas no momento. A primeira delas diz respeito à identidade cultural do Nordeste e seus valores, sobretudo suas tradições centenárias que devem ser preservadas. Em seguida, o peso econômico que representam essas festas de gado que, conforme disse Janjão, asseguram 700.000 empregos numa região pobre e desassistida. Contrapondo-se a isso, existe uma mobilização nacional contra as vaquejadas seguindo a linha da decisão do STF.

Concluindo, o Presidente da Confederação ponderou que, entre todos os esportes que envolvem animais, a vaquejada é o que mais tem buscado protegê-los. Citou as proibições de chicotes, esporas e os 50 cm de areia usados na pista para diminuir o impacto da queda dos bois. Mais recentemente, foi adotada uma cauda artificial para evitar problemas com a quebra do rabo ou ruptura da bassoura das reses.

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