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Site do Correio do Agreste é bloqueado após divulgação de pesquisa

06/09/2016
A Editoria do Jornal Correio do Agreste on line foi surpreendida com a retirada do ar de seu site, após a divulgação de uma pesquisa de opinião pública sobre os candidatos às eleições de Bom Jardim. Postada às 5h42 do dia 31/08/16, a matéria revelava um empate técnico entre os candidatos a prefeito do município, Miguel Barbosa (PP) e João Lira (PSD) mas com uma tendência favorável ao candidato Miguel Barbosa. Poucas horas depois de ter sido publicada a matéria, de forma misteriosa, o Correio do Agreste on line frustrou os seus leitores ao tornar-se inacessível.
Seu editor, Fernando Guerra, por volta das 14h desse dia, seguiu a Bom Jardim onde reside o administrador do site, o expert em internet, Lúcio Mário Cabral, buscando resolver essas questões de natureza técnica. Lúcio tinha a senha e o acesso total ao jornal. Foi ele quem criou o site do C.A. .  Encontra-o coordenando a campanha do candidato João Lira e postulando uma vaga à Câmara de Vereadores do Município. Nessa ocasião, Lúcio disse que, por falta de pagamento da anuidade o site fora retirado do ar. Entretanto, diante do próprio editor e sem pagar nada, colocou-o outra vez para funcionar, fazendo-o voltar a ser acessado normalmente.

As declarações de Lúcio no Facebook

Fernando Guerra buscou, até mesmo por uma questão de confiança e proximidade de convivência, afastar quaisquer dúvidas que pudessem indiciar uma tentativa de boicote ao site. E, neste momento, o único objetivo do Correio do Agreste é restabelecer a sua credibilidade que foi duramente atingida pelas dúvidas levantadas por Lúcio Mário em vídeo postado no seu Facebook.
Faz-se importante ressaltar que, embora os resultados dessa pesquisa indicassem um percentual favorável a Miguel, da ordem de 2,5%, o Correio do Agreste fez questão de destacar na sua manchete que havia um “empate técnico” na disputa, sem recorrer a qualquer artifício para valorizar uma possível vantagem do candidato do PP.
Constituiu-se numa surpresa desnecessária e desagradável, as declarações de Lúcio veiculadas no seu Facebook na noite do dia 31/08/16.
Por insistentes vezes, ele tentou desqualificar a honestidade, a lisura, o comportamento ético do jornal Correio do Agreste. Inclusive estabeleceu um limite dizendo que “até hoje, na minha opinião” seria um jornal “sério”.                                                         

Vejamos outras assertivas, do até então, administrador do site do C.A.

1º – Ele levanta suspeita sobre a conduta do C.A. pelo fato de ter retirado do ar uma pesquisa onde João Lira encontrava-se à frente de Miguel.
C.A. – Correto. Nesse instante ele está certo. Mas deveria ter questionado o editor quando esteve com ele à tarde do dia 31/08/16 para resolver os possíveis problemas de natureza técnica que tornaram inacessível o site do Correio do Agreste até aquele momento. A explicação do C.A. é simples: com o afastamento temporário do jornalista Carlos Prado da redação, assim como do abastecimento do site, o radialista Alan Lucena assumiu seu lugar. Essa mudança é recente e Alan não havia sido informado de que justamente no dia seguinte estaria o C.A. com outra pesquisa em mãos e divulgaria com exclusividade os dados dessa consulta. Ele, ao tomar conhecimento desse fato, retirou do ar a pesquisa divulgada pelo Blog de Magno Martins. Ora, se o C.A. tinha uma pesquisa exclusiva a ser divulgada, não havia razão para publicar um levantamento feito por outro veículo de comunicação.  Essa é uma medida plenamente justificável, mesmo porque, naquele momento, não se conhecia o resultado da pesquisa que o C.A. publicaria. Não há, portanto, nenhuma tentativa de manipulação de dados para favorecer quem quer que seja.

2º – A pesquisa foi publicada sete dias antes o que sugere pelo menos uma investigação do Ministério Público, Municipal, Estadual e (incrível) Federal !

C.A. – Como ele sugere que alguém explique a divulgação da pesquisa “sete dias atrás”, o C.A. foi obrigado a refutá-lo dizendo tratar-se de uma mentira. O próprio Lúcio sabe disso. Se ele falar a verdade, dirá que num momento de fraqueza, como estratégia política, utilizou desse recurso. Compreende-se, no entanto, isso não é aceitável, porque ele, até esse momento, fazia parte do C.A. como o administrador do site. Reiteramos: a pesquisa foi postada às 5h42 do dia 31/08/16 e não sete dias antes como afirma Lúcio.

3º – O Google está mentindo, né ?

C.A. – Para elucidar esse mistério, o C.A. consultou dois outros entendidos em internet, do mesmo nível de Lúcio. Eles demonstraram com muita facilidade como se poderia mudar a data entre a publicação do site e o registro no Google. Daí levantar-se a dúvida quanto à veracidade do Google é um mero exercício para enganar aqueles que são leigos no assunto. Ou seja, Lúcio certamente conhece muito bem como se manipula o calendário, alternando as respectivas datas, é o que nos asseguraram os técnicos consultados.

CONCLUSÃO

         Alguns leitores podem nos questionar porque esses esclarecimentos foram publicados agora, quase uma semana após o fato. No decorrer desses dias, a equipe do Correio do Agreste, procurou apurar todas as informações para compreender o que havia acontecido. Como relatado acima, foi preciso consultar técnicos, avaliar as possibilidades do que poderia ter ocorrido para que algumas questões fossem respondidas. Suspendemos inclusive, o abastecimento do site neste período, para que tivéssemos a confirmação de que o conteúdo ali publicado não pudesse ser alvo de interferências.  Todos os que fazem o Correio do Agreste, sentem-se desconfortáveis em dar continuidade a essa tentativa de resgatar a sua credibilidade. Mas, para o bom entendedor ficou muito claro que a paixão política entrou na contra-mão da ética. Isso para a editoria do jornal “é uma coisa grave (…) gravíssima”.

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